segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Todo Rato que Fica dono de Queijo Vira Gato


Todo Rato que Fica dono de Queijo Vira Gato


Qualquer semelhança com a coincidência é mera realidade

Li uma matéria outro dia na internet sobre o seguinte tema: “O Sonho dos Ratos”. Achei-a muito interessante, bem como oportuno fazer alguns comentários sobre a mesma.
Diz o texto que os ratos viviam no buraco do assoalho de uma casa velha, havia ratos de todo tipo: grandes e pequenos, pretos e brancos, velhos e jovens, fortes e fracos, da roça e da cidade. Mas as diferenças não faziam diferença, pois estavam irmanados no mesmo sonho: Comer um lindo queijo enorme, amarelo, cheiroso. Mas... existia um pequeno problema. Entre eles e o queijo havia um gato. Enorme, dentudo. E eles estavam unidos querendo o fim do gato. Sonhavam com um cachorro. Faziam discursos, denunciavam o comportamento do gato. Sonhavam com o glorioso dia em que os gatos seriam abolidos e todos seriam iguais. Declaravam: O queijo é suficiente para todos. Dividiremos entre nós. Socializaremos o queijo. E assim cantavam, pulavam, sonhavam com o queijo, com a morte do gato. Um dia sem ninguém entender o porquê, o gato desapareceu. Agora irmanados na mesma fome, todos se lançaram ao queijo. Rapidamente descobriram que o queijo não era do tamanho que pensavam. Esqueceram-se dos ideais. Todos se tornaram uma ameaça. Olhavam uns para os outros como se fossem inimigos. Os mais fortes expulsando os mais fracos. Alguns começaram a clamar pela volta do gato para o restabelecimento da ordem.
Esse texto do pensador Rubens Alves é fortíssimo, tem endereço certo, tem nome, diz respeito a uma classe no Brasil, a classe política (com raríssimas exceções).
Bastou a primeira mordida para descobrirem que o gato estava dentro deles. É quase sempre assim, quando os ratos não estão no poder são solidários, amigos, irmanados no mesmo objetivo. Sonham com o fim do gato. O gato nada mais é, do que a classe dominante, aqueles que estão no poder atualmente. Aqueles que servem de estorvo aos interesses dos ratos. Os ratos denunciam o sistema ditatorial, a falta de espaço para as classes menos favorecidas, reclamam do pé pesado do gato; bem como dos olhos fulminantes do felino e de seus dentes grandes. Declaram que o dia que tomarem conta do queijo ele será repartido entre todos. Terão direitos iguais. È só dar a primeira mordida que tudo muda. Os olhares se enfurecem, arreganham os dentes, esquecem-se do gato.
Os ratinhos que foram expulsos; que não conseguiram comer do queijo, perceberam então, que os ratos grandes tomaram forma de gato: O olhar malvado, os dentes à mostra. Na realidade os ratos fracos nem conseguiam estabelecer diferença entre os ratos que comiam o queijo e os gatos. Compreenderam, então, que não havia diferença alguma, pois: “Todo Rato que fica dono de Queijo vira Gato”.

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