Em 2011, 259 animais foram atropelados em rodovias do Piauí. Este ano, o número já chegou a 183. O próprio apresentador da Rede Meio Norte, Silas Freire, semana passada, foi vítima de um desses casos, quando seu carro atingiu um garrote na BR-343, destruindo a parte da frente de seu veículo. “As rodovias são atrativos para os animais, já que são capinadas e nascem novos brotos”, disse o inspetor da Polícia Rodoviária Federal Tony Carlos.
“É uma cultura, no Piauí, criar animal solto, por causa da dificuldade de se conseguir água”, continuou o inspetor, explicando a causa de tantos casos de animais na pista. Segundo ele, os números ainda aumentam se forem catalogados os casos em que os animais não são atingidos, mas atrapalham os motoristas e causam os acidentes. Mas a PRF trabalha contra isso, e de acordo com o que ele informou, duas equipes de recolhimento de animais correm as estradas todo o dia. “Este ano já foram 1917 animais recolhidos”, disse.
Junto com ele, o comandante de Batalhão da Polícia Rodoviária Estadual Tenente Coronel Castelo e o advogado da APPM (Associações Piauiense de Municípios) Marcos Patrício estiveram no programa Agora, da Rede Meio Norte, para falar do assunto. O ten. Cel. Castelo afirmou que, para as rodovias estaduais, a PRE faz convênio com a PRF por não possuir veículo para coleta de animais, mas que já foi autorizada a compra de dois deles.
Para o advogado, uma das grandes causas desse problema é uma norma que diz que os animais recolhidos devem permanecer guardados por até 90 dias aguardando que o dono vá recuperá-lo. “Sem falar que a maioria desses animais são jumentos, que os donos nem fazem questão de ter de volta”, completou.
fonte;meio norte
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