sábado, 8 de setembro de 2012

Mais de três mil pessoas sofrem com a seca no município de Curimatá


A população está sendo atendida através de carros-pipas e não possuem nenhuma forma de subsistência.

Atualizada em 08/09/2012 - 16h14
A seca que castiga dezenas de municípios no sul e sudoeste do Piauí tem provocado perdas e sofrimento para muitos moradores. No município de Curimatá, a 775 km da capital, a situação é ainda mais crítica. Até mesmo a zona urbana vem sofrendo com a falta de água.

O município que possui a terceira maior barragem do Estado, com capacidade para 240 milhões de metros cúbicos de água, está passando por uma situação de calamidade, atingindo atualmente toda a zona rural, que totalizam 96 povoados. A população está sendo atendida através de carros-pipas e não possuem nenhuma forma de subsistência.

São mais de três mil curimataenses que estão em situação de completa adversidade, chegando a passar fome. Pelos municípios é possível encontrar animais mortos, além de idosos e crianças desidratados. Nas localidades ainda mais afastadas da região a situação chega a ser pior.

A dona de casa, Eliza, residente no povoado de Pajeú, conta que já chegou a passar semanas sem ter água na sua residência. “Estou há três dias sem tomar banho, não tenho água em para beber. Para piorar estou doente e ficar carregando água faz com que piore, estou sem saber como fazer”.

A barragem Algodão II, que teve sua construção iniciada em março de 2002 no primeiro mandado do prefeito Valdecir Júnior, sendo inaugurada em setembro de 2005, custou cerca de R$ 18 milhões. Segundo Valdecir, a barragem atendia de forma satisfatória toda a população da região e ainda contava com projetos de sustentabilidade como criatórios de peixes.

“Nossa barragem possui 240 milhões de metros cúbicos e atendia mais de 8 mil pessoas na zona urbana de Curimatá, mais 5 mil pessoas de Júlio Borges, além dos povoados. Hoje, o nosso município está em uma situação de calamidade, já que os projetos de sustentabilidade que desenvolvemos foram encerrados e nada mais foi realizado, com isso sóquem sofre é a população”, disse Valdecir Júnior.

Valdecir explica que para o município sair da situação em que se encontra é necessário a construção de uma adutora, que irá acabar com o desperdício de água da barragem, ocasionando uma maior economia para os tempos de estiagem que o Nordeste sofre a cada ano.

“Para a construção da adutora é necessário firmar um acordo com o Governo do Estado e o Governo Federal, através da Companhia Desenvolvimento do Vale São Francisco e Parnaíba (CODEVASF) e do Ministério da Integração Nacional. Esse pré-projeto já existe na CODEVASF”, enfatizou.

Com a implantação da adutora também será possível tornar as áreas próximas às margens da barragem próprias para o cultivo de milho, feijão e melancia, além de hortas comunitárias que serão fonte de renda para as famílias de Curimatá. 

com informações do gp1

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